sábado, 21 de março de 2009

Caindo na real


Hoje me lembrei de uma frase clássica do mundo futebolístico:

“O meu clube estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correta: deu um passo à frente”.

Se minha fonte não estiver errada, e meu amigo Gérson pode me confirmar isso, foi João Pinto, jogador do Benfica de Portugal, o autor dessa pérola.

Pois me senti assim, hoje. Estava na frente de um precipício tão alto, mas tão alto, que não via o fim. O que eu fiz? Como o jogador disse, fiz a coisa certa e dei um passo a frente!

Por que foi a coisa certa? Quando chegar ao chão, eu conto.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ansiedade


O Ministério da Saúde adverte: escrever dissertação engorda.


sábado, 7 de março de 2009

Para as que passaram, as que passam e as que passarão


Amanhã é o Dia Internacional da Mulher.

Esse dia foi criado pra lembrar a luta das mulheres por direitos iguais - no dia 8 de março de 1808, em Nova Iorque, aconteceu um dos primeiros protestos de mulheres por melhores condições de trabalho.

Faz sentido comemorar esse dia? Faz.

Essa data serve pra lembrar de todas as mulheres que guiaram minha geração até aqui. Eu tenho educação superior, profissão, sou sexualmente ativa, sou casada e tenho a opção de não ter filhos, tenho acesso a informação, tenho direitos garantidos pela Constituição e usufruídos graças à minha condição social, assim como muitas das minhas amigas.

Mas aqui mesmo no Brasil ainda existem muitas mulheres que não podem, ainda, andar no caminho trilhado pelas mulheres que lutaram por nossos direitos.

As meninas de periferia que engravidam aos 14 anos, as meninas de 9 anos estupradas pelos pais/padrastos, as meninas que não têm acesso à escola, as mulheres que não têm acesso à universidade, as mulheres que não tem salário igual ao dos homens, as mulheres que são impedidas de trabalhar pelo machismo, as mulheres que apanham dos maridos, as mulheres homossexuais que sofrem preconceito, as mulheres que não têm direito ao aborto, precisam saber que outras, como elas, também lutaram e continuam lutando para que a igualdade prometida na Lei seja a realidade de todas as mulheres.

Há algum tempo eu escrevi um post sobre uma mulher que não podia mostrar o rosto porque sua religião, sua família, seu marido e ela mesmo, não permitiam. O post gerou uma grande discussão e isso foi bem legal, pois as coisas só mudam com discussão.

Não defendo intervenção em país nenhum, mas defendo pressão da ONU pra defender direitos humanos - veja bem, humanos, independente de sexo. O que acontece é que mulheres têm seus clitóris arrancados, são estupradas, são condenadas à morte por adultério, espancadas e ninguém fala nada, por conta do relativismo cultural! É a cultura delas, dizem.

Cultura delas porra nenhuma!

Elas são iguais a tua mãe, a tua irmã, a tua namorada, a mim e a ti! Merecem ter seu direito a vida e à integridade pessoal garantidos. Elas e todas as mulheres nessa situação - inclusive as mulheres do Brasil.

Assim, todo dia 8 de março é importante para lembrar daquelas mulheres que lutaram para que eu e muitas mulheres pudéssemos estudar, trabalhar, dar, etc, mas esse dia é importante mesmo para nos colocarmos ao lado das mulheres que não têm seus direitos garantidos e para que possamos mudar essa realidade.

Só debatendo, xingando e concordando é que podemos mudar alguma coisa. Eu, como cidadã e educadora, tento mudar as coisas, mesmo em passos de formiguinha. E você?


PS: para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, clique aqui.